Isabela Castelo Branco

Rede de implicação + análise de Hertzberger do local da intervenção

A partir da análise do "espaço do busto" na Praça da Liberdade foi possível construir uma rede de implicações:

Rede de implicações

Os objetivos da intervenção era de promover a interação entre as pessoas que sentam no banco e as que ficam no "palquinho", dar uma maior visibilidade ao "palquinho" e enaltecer ou diminuir algumas sensações apresentadas na rede. Além disso, diminuir o desconforto dos bancos para atrair mais pessoas foi uma estratégia.

Em relação ao livro de Hertzberger, percebemos no local a presença de irregularidades: os degraus do "palquinho" eram usados para sentar (forma convidativa). Ademais, apesar da praça ser um lugar público, o espaço do busto apresenta uma certa demarcação territorial, uma vez que existe uma relatividade em relação ao grau de privacidade dele: é um espaço mais reservado em relação ao resto da Praça.

Parágrafo sobre a instalação e o prédio visitados e discutidos pelo grupo em Inhotim

A instalação escolhida pelo meu grupo foi a Galeria Psicoativa Tunga. Ela está inserida em um prédio em que as diversas fachadas são de vidro, assim como, os pisos são de madeira e o pé direito é bastante alto. Esse conjunto de características permite a interação entre o prédio, a paisagem envolta e a instalação. Assim, o fato das fachadas serem transparentes, contribui para uma melhor visualização e admiração da paisagem, composta por uma natureza exuberante. Desse modo, as árvores e as plantas que cercam o prédio podem ser vistas a partir do seu interior, fazendo com que esse cenário também seja parte da obra. Além disso, o piso de madeira e o pé direito alto possuem a mesma função de interlocução com a paisagem, o que faz com que o prédio assemelha-se a uma casa de campo. No interior da Galeria Tunga, abriga-se diversas obras de tipos diferentes e escalas distintas. Esse espaço interior é flexível, amplo e é dividido em níveis (dois andares e o subsolo), que são ligados por rampas e por escadas. A circulação entre as obras foi muito bem pensada, fazendo com que os visitantes caminhem por entre todos os trabalhos expostos. No primeiro andar é possível encontrar a obra Lezart e Palíndramo Incesto, que ocupa um grande espaço do chão da galeria e até mesmo do pé direito.

Crítica ao objeto da Ana Carolina Lins

O objeto que eu fiquei responsável por criticar foi o da aluna Ana Carolina Lins. Ele é uma máquina de desenhar que é acionada a partir do transistor, em que duas pessoas precisam estar interligadas entre elas e com o fio. Desse modo, há vários fios, que quando conectados pelas pessoas, fazem a máquina funcionar e produzir desenhos. O que eu achei intrigante foi o fato de que a interação proporcionada pelo objeto seria muito rápida: as pessoas acionariam a máquina e logo depois teriam o desenho pronto, terminando a interação. Além disso, os desenhos reproduzidos seriam praticamente os mesmos, fato esse que não permite caracterizar o objeto como "programático", pois depois de um certo momento não haveria uma interação inesperada e o desenhos sairiam repetidos.

Caderno Técnico

Evento Cultural III

No dia 7 de janeiro de 2017, fui à peça de teatro "Como sobreviver em festas e recepções com buffet escasso", que faz parte da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, no Teatro Bradesco. A peça era composta por apenas três autores e assemelhava-se a um curso, pois tinha a intenção de ensinar ao público a se comportar em festas com buffet escassos. O que de fato eu achei muito interessante foi o formato da peça que se distanciava um pouco das tradicionais peças de teatro e se aproximava do Standup, utilizando aspectos típicos dessas apresentações de comédia. Em adição, a interação que se dava entre os personagens e o público chamou muito a minha atenção, Ao longo do teatro, o personagem principal (professor) fazia brincadeiras, piadas, perguntas e demonstrações para o público, o que tornava a peça mais dinâmica. Outro ponto intrigante, é que de acordo com o conceito de "programática" de Flusser, a peça pode ser caracterizada como tal, pois é a partir de perguntas e de piadas inesperadas, que se constrói o seu humor.